Enquanto seres racionais e emocionais todos gostamos de agradar e de ser aceite pelos outros. Quem agrada, assim como quem é agradado, experiência satisfação e felicidade e pergunto: quem não gosta de agradar e ser agradado?

Contudo, se a aprovação constante se tornar necessária e se o comportamento e acções se passarem a centrar exclusivamente nas opiniões de terceiros, a procura de aprovação (comum a todos nós!) deixa de ser saudável e pode ter um impacto negativo nas suas emoções – baixa auto-estima, ansiedade, humor depressivo, dificuldade em fazer escolhas e tomar decisões, entre outros.

Vejamos se se revê nestas particularidades ou se reconhece alguém com estas características:

– dificuldade em “dizer não” (por ex. para evitar um conflito);
– não expressar opiniões com receio de desagradar a outra pessoa;
– medo de rejeição (“não vão gostar de mim”);
– colocar sempre os outros em primeiro lugar;
– pensamento que é sempre necessário agradar (para ser aceite/reconhecido/amado);
– as emoções e a auto-estima moldam-se de acordo com a opinião de terceiros.

É importante reflectir sobre algumas questões:
– é importante compreender a necessidade constante de agradar e/ou a dificuldade em estabelecer limites e dizer “não”;
– não podemos agradar todas as pessoas (por mais qualidades que tenhamos);
– ideias/gostos/pensamentos ou atitudes divergentes e até mesmo críticas (construtivas,claro!) não são, por si só, uma rejeição. Afinal, todos somos diferentes, certo?! ;
– ao viver para agradar os outros, certamente estará a colocar-se em segundo plano, assim como aos seus gostos, desejos e sonhos;
– não há nada mais poderoso e fantástico que promover a nossa auto-confiança e o amor próprio. Ao gostar de si próprio(a) e acreditar em si, não só se sentirá mais feliz e seguro, como a reprovação de terceiros não será vivenciada com tanto sofrimento.

Se precisar de ajuda para encontrar as suas respostas e o caminho para se aprovar a “si próprio(a)”, reflicta sobre a possibilidade de procurar ajuda profissional.